Crisis del escepticismo ético
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URI: http://hdl.handle.net/10818/13577Visitar enlace: http://dikaion.unisabana.edu.c ...
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2012Abstract
La mecánica de Newton ha sido considerada el único método científico posible desde el siglo XVIII hasta entrado el XX. Este modelo físico consideró que era preciso introducir restricciones epistemológicas en el método científico, y declaró que solamente eran relevantes para la ciencia los “cuerpos regulares”, es decir, los aspectos de los objetos que podían ser tratados según números y figuras, y esto implicaba que las ciencias propiamente humanas habían de quedar al margen de la ciencia. En consecuencia, la justicia —y con ella toda la moral— quedó condenada al campo de reclusión de los sentimientos utópicos, sin que pudiera mostrar algún título que le permitiera recabar un estatus también “real”. La mecánica newtoniana ha sido desposeída de su título de ciencia paradigmática de toda indagación científica desde comienzos del siglo XX: Planck y Heisenberg han mostrado que los fundamentos últimos de este método científico poseen una validez solo sectorial. En el campo más teórico, Kurt Gödel deshizo los sueños matemáticos de construir un universo científico que gozara de la precisión matemática. En lo que concierne a la moral social, el resultado más inmediato de esta crisis de lo que ahora es llamado mecánica “clásica” es que se han mostrado sin sentido las viejas restricciones puestas en virtud del método, de modo que si es científico comprobar que el agua se descompone a los cien grados centígrados, no menos objetivo es asegurar que el profesor tiene el deber real de explicar con la claridad suficiente. Ahora podemos volver a tomar en serio, en sede propiamente científica, las vertientes ontológicas de los razonamientos jurídicos. Hablar de ontología no implica volver a la metafísica que propusieron Gabriel Vázquez de Belmonte y Luis de Molina, y que algunos extienden también a Francisco Suárez. Es más bien el momento de volver a reconsiderar las propuestas científicas de Tomás de Aquino sin caer en la tentación de filtrar la doctrina del de Aquino por las explicaciones de estos otros escolásticos tardíos. Newtonian mechanics were regarded as the only possible scientific method from the 18th century until well into the 20th. This physical model considered it necessary to incorporate epistemological restrictions or constraints into the scientific method, and declared that only “regular bodies” were relevant for science; that is, aspects of objects that could be treated according to numbers and figures. This implied the human sciences, strictly speaking, were left at the sidelines of science. Consequently, justice – and with it all morality – was condemned to the prison camp of utopian sentiments, without being able to show any qualification that would allow it to request “real” status as well. Newtonian mechanics have been stripped of their title as the paradigmatic science of all scientific inquiry since the early 20th century. Planck and Heisenberg showed the ultimate foundations of that scientific method have only sectoral value. At a more theoretical level, Kurt Gödel destroyed the mathematicians’ dream of building a scientific universe that would possess mathematical precision. With respect to social morality, the most immediate result of this crisis in what is now called “classical” mechanics is that the old constraints imposed on the method have been shown to be meaningless. Therefore, if it is scientific to prove that water decomposes at one hundred degrees Celsius, it is no less objective to ensure the teacher has a “real” obligation to explain with sufficient clarity. At this point, we again can accept seriously, on a scientific basis, the ontological tendencies of legal reasoning. Speaking of ontology does not imply returning to the metaphysics proposed by Gabriel Vázquez de Belmonte and Luis de Molina, and which some would extend to Francisco Suárez as well. Rather, now is the time to reconsider the scientific proposals of Thomas Aquinas, without succumbing to the temptation to filter the doctrine of Aquinas via the explanations of these later scholars. A mecânica de Newton foi considerada o único método científico possível desde o século XVIII até o início do século XX. Esse modelo físico considerou que era preciso introduzir restrições epistemológicas no método científico e declarou que somente eram relevantes para a ciência os “corpos regulares”, ou seja, os aspectos dos objetos que podiam ser tratados segundo números e figuras, e isso implicava que as ciências propriamente humanas tinham de ficar à margem da ciência. Consequentemente, a justiça – e com ela toda a moral – ficou condenada ao campo de reclusão dos sentimentos utópicos sem que pudesse mostrar algum título que lhe permitisse reivindicar um status também “real”. A mecânica newtoniana tem sido despossuída de seu título de ciência pragmática de toda indagação científica desde começos do século XX: Planck e Heisenberg mostraram que os fundamentos finais desse método científico possuem uma validade somente setorial. No campo mais teórico, Kurt Gödel desfez os sonhos matemáticos de construir um universo científico que gozasse da precisão matemática. No que concerne à moral social, o resultado mais imediato desta crise, do que agora é chamado mecânica “clássica”, referese ao fato de que se vêm se mostrando sem sentido as velhas restrições postas em virtude do método, de modo que se é científico comprovar que a água se descompõe aos cem graus centígrados, não menos objetivo é garantir que o professor tem o dever real de explicar com clareza suficiente. Agora podemos voltar a levar a sério, em sede propriamente científica, as vertentes ontológicas dos raciocínios jurídicos. Falar de ontologia não implica voltar à metafísica que propuseram Gabriel Vázquez de Belmonte e Luis de Molina, e que alguns estendem também a Francisco Suárez. É, sim, o momento de voltar a considerar as propostas científicas de Tomás de Aquino sem cair na tentação de filtrar a doutrina de Aquino pelas explicações desses outros escolásticos tardios
Keywords
Ubication
Díkaion; Vol 21, No 1 (2012); 11-51